Ciência e Sustentabilidade: Pará assume protagonismo na Amazônia às vésperas da COP 30

O estado do Pará tem se consolidado como um dos principais polos de desenvolvimento científico e tecnológico da Amazônia, especialmente diante do cenário internacional de enfrentamento às mudanças climáticas. Um exemplo desse protagonismo é a realização da Semana Estadual de Ciência e Tecnologia do Pará, evento que reuniu especialistas, pesquisadores e representantes de instituições ligadas à ciência e educação para debater os desafios e as oportunidades que emergem da realidade amazônica. O encontro teve como tema central a conexão entre inovação, desenvolvimento sustentável e valorização dos saberes locais, destacando o papel estratégico da ciência e tecnologia para um futuro mais justo e resiliente.
Durante o evento, representantes do PROIFES-Federação participaram ativamente das discussões, levando contribuições importantes sobre temas urgentes que envolvem o uso responsável dos recursos naturais, a eficiência energética e a inclusão social. O professor doutor Ênio Pontes, diretor de Ciência e Tecnologia do PROIFES, foi um dos palestrantes no painel dedicado às energias renováveis, onde destacou que o Pará ciência tecnologia e inovações precisam estar a serviço de soluções que integrem desenvolvimento com respeito ao território e às comunidades. Em sua fala, ele alertou para a necessidade de pensar a Amazônia como um espaço vivo, e não como um laboratório a céu aberto para experiências distantes da realidade local.
A menos de cinco meses da realização da COP 30, que acontecerá justamente em território amazônico, o evento no Pará assume uma relevância ainda maior. O Pará ciência tecnologia e inovações passa a ser pauta global, com olhares voltados para as propostas que surgem da região em resposta às exigências de sustentabilidade. Ênio Pontes foi categórico ao afirmar que é possível — e necessário — conciliar energia limpa, geração de emprego digno e preservação ambiental, desde que as decisões sejam tomadas com participação social e diálogo com a ciência.
Outro destaque do encontro foi a participação do professor doutor Walber Abreu, segundo tesoureiro do PROIFES e presidente do SINDPROIFES-PA, que apresentou reflexões no painel sobre recursos hídricos e sacrifício ambiental. O Pará ciência tecnologia e inovações esteve no centro de sua abordagem, especialmente no que se refere à preservação da água, bem cada vez mais ameaçado pela degradação ambiental. Walber destacou que é urgente adotar práticas de manejo sustentável dos rios e igarapés, evitando o colapso ecológico e assegurando água limpa para as próximas gerações.
O envolvimento do PROIFES-Federação nos debates do Pará ciência tecnologia e inovações representa também um posicionamento político em defesa da educação pública, da valorização do conhecimento científico e da participação democrática na formulação de políticas públicas. Para a entidade, não basta apenas produzir ciência — é preciso garantir que os frutos desse trabalho estejam acessíveis à população e contribuam efetivamente para transformar realidades.
Durante a Semana Estadual de Ciência e Tecnologia, os participantes reafirmaram o compromisso com uma agenda que reconheça o papel estratégico da Amazônia no equilíbrio climático do planeta. O Pará ciência tecnologia e inovações foi apresentado como um eixo articulador capaz de integrar diferentes setores — público, privado, acadêmico e comunitário — em torno de metas sustentáveis que incluam justiça social, equidade territorial e geração de renda.
A pauta ambiental discutida no evento também envolveu propostas voltadas para a mobilidade urbana, a saúde pública e a educação científica. O Pará ciência tecnologia e inovações se mostrou uma base sólida para repensar as cidades amazônicas, promovendo soluções tecnológicas que respeitem as especificidades locais. A ideia central é construir políticas inteligentes e inclusivas, que estejam alinhadas com as urgências climáticas e os direitos humanos.
Com a aproximação da COP 30, a mobilização em torno da ciência, da inovação e da sustentabilidade no Pará se intensifica. O evento reforçou que o Pará ciência tecnologia e inovações não é apenas um tema de interesse acadêmico, mas um imperativo político e ético diante dos desafios do século XXI. A mensagem deixada pelos participantes foi clara: o conhecimento produzido na Amazônia deve ser o motor de uma nova forma de desenvolvimento, baseada na justiça climática, na inclusão social e na valorização da diversidade ambiental e cultural da região.
Autor: Anthony Harris