Como funciona a mineração de criptomoedas?
Para Juliano Luiz Casamalli, empresário que trabalha fortemente com investimentos no mercado de ativos digitais, a mineração de criptomoedas é um processo fundamental para a existência e funcionamento das moedas digitais descentralizadas. Basicamente, trata-se de um método utilizado para validar transações na rede blockchain e adicionar novos blocos à cadeia de blocos, que é o registro público e imutável de todas as transações realizadas.
Mas afinal, o que é a mineração de criptomoedas?
A mineração de criptomoedas envolve a solução de problemas matemáticos complexos, que requerem grande poder de processamento e energia. Os mineradores são responsáveis por encontrar uma solução para um problema criptográfico específico, que é conhecido como “prova de trabalho”. Essa solução é, então, verificada pelos outros nós da rede, que validam a transação.
Os mineradores são recompensados pela sua contribuição à rede com novas unidades de criptomoedas. Por exemplo, no caso do Bitcoin, a recompensa atual é de 6,25 BTC por bloco minerado, e a cada quatro anos a quantidade é reduzida pela metade. Esse processo é conhecido como “halving” e é uma medida para controlar a inflação da moeda, explica Juliano Luiz Casamalli.
Os mineradores de criptomoedas utilizam equipamentos específicos, chamados de “ASICs” (Application-Specific Integrated Circuits), que são projetados para realizar cálculos criptográficos com eficiência. Esses equipamentos são muito poderosos e consomem muita energia, o que faz da mineração uma atividade bastante custosa.
Como ser um minerador de criptomoedas?
Segundo Juliano Luiz Casamalli, para começar a minerar criptomoedas, é necessário ter uma carteira digital, que é um software que armazena as chaves privadas necessárias para acessar as unidades de criptomoedas. Além disso, é preciso baixar um programa de mineração específico para a criptomoeda escolhida e se conectar a uma pool de mineração, que é um grupo de mineradores que trabalham juntos para encontrar soluções criptográficas mais rapidamente e compartilhar as recompensas.
Quais são os riscos desta modalidade?
No entanto, a mineração de criptomoedas não é uma atividade isenta de riscos. Além do custo elevado dos equipamentos e da energia elétrica, os mineradores enfrentam a concorrência de outros mineradores e o risco de sofrerem ataques hackers ou de terem suas recompensas roubadas.
Além disso, como lembra Juliano Luiz Casamalli, a mineração de criptomoedas tem um impacto ambiental significativo, devido ao alto consumo de energia. Segundo um estudo da Universidade de Cambridge, a mineração de Bitcoin consome mais energia do que toda a Argentina.
Em resumo, a mineração de criptomoedas é um processo fundamental para a validação de transações na rede blockchain e para a segurança das moedas digitais descentralizadas. No entanto, é uma atividade que requer grande investimento em equipamentos e energia, além de apresentar riscos e impactos ambientais significativos.